"There's a time and place for everything
(...)We can push with all our might
But nothing's gonna come
Oh no, nothing's gonna change(...)"
for the selected audience,
songs like these are classic,
but for today's sake,
just these piece of lyric's enough.
sometimes in life for some reason,
and for some people more than others,
life simply do not happen,
in infinite matters related each world.
and when a soul is at inner peace,
wich is the the utmost one,
one obvious option shine through,
quit on pushing...
do not judge wrong the proposition,
give up is for unballanced minds,
'quiting' here is just let go,
a peacefully surrender.
imagine a mother and her baby,
this baby have just learned to walk,
if the mother think he already know,
she will let his hand go...
for his own personal measure of time,
this is just what is need to be done,
the end of the line in this travel,
do not even compare to the travel itself.
terça-feira, 28 de junho de 2011
domingo, 19 de junho de 2011
pax rursum
parei meu corpo,
tarefa simples,
apenas parar o corpo,
me atirei na cama.
difícil é a mente,
indomita e indolente,
age como cavalo chucro,
poucos as mal seguram.
ouvindo em madrugada,
chuva branda e natural,
somei meu contexto
e sem querer achei uma paz.
mas estranha a dessa vez,
sem pico de alegria,
sem tristeza consciente,
paz de mente vazia e leve.
certamente não há razão,
não razão distinguível,
é apenas a soma de tudo,
de tudo até meu agora...
não é auto-biografia,
apenas uma descrição,
sem nenhuma teoria,
sem nenhuma explicação.
tarefa simples,
apenas parar o corpo,
me atirei na cama.
difícil é a mente,
indomita e indolente,
age como cavalo chucro,
poucos as mal seguram.
ouvindo em madrugada,
chuva branda e natural,
somei meu contexto
e sem querer achei uma paz.
mas estranha a dessa vez,
sem pico de alegria,
sem tristeza consciente,
paz de mente vazia e leve.
certamente não há razão,
não razão distinguível,
é apenas a soma de tudo,
de tudo até meu agora...
não é auto-biografia,
apenas uma descrição,
sem nenhuma teoria,
sem nenhuma explicação.
quarta-feira, 15 de junho de 2011
lua cheia
ao andar pela rua naquele dia, encontrava-me cansado, tinha pressa de chegar em casa, mas com passos pesados de quem carrega a cruz do dia. era noite, precisava me encontrar em casa para tomar um banho e jogar toda minha atenção em livros pois as provas encontravam-se perto.
ao contemplar o céu por acaso, percebi uma lua cheia, bela, linda, em destaque na abóboda escura, sem núvens e com esparsas estrelas, que estavam de fato presente aos milhares, mas as luzes urbanas grosseiramente as ofuscavam sem a devida licença. linda noite, a temperatura era branda, assim como a brisa. ao olhar para o astro brilhante, parei, as ruas estavam vazias, portanto, não passaria vergonha alguma... admirei tal beleza natural e imaginei inutilmente quantas pessoas estariam olhando algo tão simples, estático e hipnotizante e pensando como eu em um ciclo coletivo de reflexões. em tal ponto depois de alguns minutos divagando tal anedota, escorei minhas costas em alguma construção qualquer e resolvi ir além...
fixei em minha mente a imagem da lua, fechei meus olhos e me vi em um terraço de um alto prédio com um rosto conhecido com os quail gostaria de dividir tal momento. meu melhor amigo surgiu colocando a mão em meu ombro e me dando dizendo 'e ai' com um ar informal. perguntou-me o que fazia ali, respondi-lhe que só queria mostrar-lhe tal céu, ele riu, sacudiu a cabeça entendendo que seu melhor amigo comumente venerava momentos como aqueles e sentou-se em algum lugar por ali, em ar de pausa longa, falamos sobre a rotina da vida de cada um e ao despedir-se levantando-se pôs a mão em meu ombro e saiu com ar de quem irá conversar comigo amanhã novamente.
sorri com o canto da boca e imaginei uma figura feminina, com atitude franca e jeito suave de expressar-se, perguntou o que eu fazia ali e o que eu tanto olhava distante sem piscar, não a conhecia, preferi não olha-la, apenas conversar e dividir com ela meu mundo das idéias. ao responder com ar irônico que apenas olhava o céu com uma bela lua sobre um mundo com pressa demais para entender 'um momento' ela não mudou seu tom, ficou séria, disse-me que eu não deveria dizer sobre as pessoas pois não conhecia a esmagadora maioria, mas que de fato a noite estava bela. pareou a distância a minha, mas ao invés de sentar-se, escorou-se lateralmente, a distância próxima e nada disse por alguns minutos. estava gostando de tal ambiente e não me senti constrangido pelo silêncio pois sabia que ela não iria embora, esse céu tinha significado pessoal também para ela.
quebrei o silêncio dizendo que agradecia a simples compania e o belo silêncio combinado com aquela noite, disse também que ela certamente não era pessoa comum para perceber tal noite e pensei em lhe dizer o quanto gostaria que alguém como ela surgisse no meu mundo real. novamente fui criticado por não conhecer a maioria das pessoas. ela então andou até a minha frente, olhou-me, tocou minha face com a palma da mão e disse que eu precisava crescer para encontra-la. não consegui ver sua face pois o brilho da lua era muito forte e com o mesmo ar de mistério que apareceu, esvaneceu ao fechar meus olhos com seu toque.
ao abri meus olhos novamente estava no terraço só, ao suspirar pela compania perdida, sentou-se ao meu lado meu pai, um grande ar de choro enrolou-se sobre minha garganta e ascendeu aos meus olhos que encheram-se de lágrimas. disfarcei, mas minha garganta doía. meu pai era figura importante, talvez a mais importante, era meu super-herói particular, muito mais preparado para o mundo do que eu jamais serei em minha vida. gostaria muito de conviver com o ele e aprender o máximo, mas era tarde demais, disse-me que sentia-se culpado demais para ser algo além de meu amigo. aceitei sua proposta as custas de uma distância próxima que me dizia muito pouco sobre tal figura. agora ali parado, com ele ao meu lado, eu me fazia tentar conversar sobre assuntos imbecis, pois estava nervoso. disse-me ele, em algum momento, que estava ali pois eu gostaria que estivesse, disse-me que as forças que movem os grandes corações são a vontade, verdade e o amor.
segundo ele quem segue a verdade precisa ter vontade para manter-se firme, caso contrário cairá na mentira. acrescentou que a verdade parece afastar o amor, mas que na verdade apenas ilumina o amor real como uma luz negra destaca tons invisíveis. pausou um momento, olhou para mim e disse que se eu não fosse seguidor da verdade não teria percebido tal noite, mas que minha vontade se abalara pelas dificuldades da vida. instruiu-me para erguer minha vontade e ir viver e que eu me surpreenderia com os resultados daquelas duas simples qualidades atuando no mundo real. chorei, abracei-lhe fortemente e disse que desejava que estivesse ao meu lado sempre. ele retrucou-me perguntando como encontrei lugar tão bom pra ver a lua, quando olhei para a mesma e fui responder meu pai havia sumido. chorei novamente silenciosamente e decidi sair daquele terraço.
abri meus olhos no mundo real, havia passado apenas 10 minutos, eu estava emocionado ainda, encontrava-me triste, pois refletira minhas perdas e inconquistas em uma paisagem tão bela, pareceu-me injusto. segui meu caminho até minha casa com minha mente quieta. acho que apenas precisava desabafar com alguém. desabafei comigo mesmo através de meu amigo celeste. olhei a uma última vez antes de adentrar minha casa. reverenciei mentalmente sua bela existência e continuei minha vida apressada.
domingo, 12 de junho de 2011
a difícil decisão da entrega
internet, email, celular, redes de relacionamento, encurtamos as distâncias entre nós seres humanos sob a promessa de uma realidade menos solitária, com mais atenção, mais pessoas novas, mais amizades, mais festas, mais amor, mais sexo.
o desejo de reconhecimento social resultando na busca de alguma forma muito pessoal e particular de status, levou-nos a criação desse mundo globalizado, virtual, rápido e facilmente desinteressante aos olhos de quem procura algo. "a fila anda" hoje em dia! "durma na no ponto e perderá o onibus!". raramente, para não nihilizar com um praticamente nunca, as almas todas em uma frenética busca da ilusão do "eu liberto, realizado e independente", percebem que a própria velocidade do mundo leva uma confusão grosseira: a quantidade pode levar a alta qualidade.
a realidade acelerada proporciona quantidade, e quantidade somente, dai o inerente vazio e solidão da maioria esmagadora das pessoas. evoluiu-se o fato de que o ser humano é um eterno descontente, agora é também um eterno solitário. com o agravo óbvio do mundo do capital que vê na pressa um alto potencial de lucro e assim investindo em tal ambiente e mergulhando nossos sentidos no mesmo. é vendido hoje o poder da aparência nos meios todos.
em suma, temos um mundo rápido, aparentemente promissor, onde os mais lindos corpos e intelectos são acessiveias a velocidade de um click.
a partir desse perfil, fica relativamente complicado acreditar na existência de algo como sentimentos brotarem de forma natural, já que transformamos geneticamente o amor em um transgênico que pode ser produzido, comprado, mas não gera sementes.
como acreditar em algo verdadeiro, que germine tímido e pequeno, em algum solo qualquer e que se cuidado se torna grande e forte? esse algo quando se fecha os olhos, possui temperatura morna ao corpo e quando trazido ao peito provoca alívio e conforto, como um cobertor grosso em um dia de frio, que relaxa e nos embala ao sono. descrevo o amor, obviamente, abstrato que só ele...
a realidade fria é o ambiente urbano enquanto o ambiente do amor é pastoril, mais calmo, sereno, onde os dias são tratados um após o outro, e já que todo o dia a lavoura exige tarefa e dedicação, a pressa aqui não serve.
entretanto, estamos em plena época de êxodo rural, cada dia mais e mais almas desacreditam no potencial da tranquilidade e se contaminam com o vírus do imediatismo. e para os caipiras, as coisas tornaram-se difíceis, um medo de que o mundo rural deixe de existir é uma constante, e a promessa de novas sementes é amedrontante.
simplesmente, amar alguém hoje, para um caipira é tarefa árdua, o povo da cidade sempre os viram como devagares ou 'burrinhos', e algo bobo aos olhos dos segundos é motivo de desdém. a ridicularização pôs os caipiras pra dentro de suas casas, vivem a pouco se mostrar, e quando escolhidos, lutam, relutam e pouco se entregam, já que a tendência é mais uma bela decepção.
deveriamos freiar o tempo, aceitar as pessoas reais e abolir as virtuais, olhar mais no olhos, acreditar mais na tranquilidade e menos na impaciência. deveriamos fixar mais a nossa atenção em detalhes para que algo com potencial enraizasse muito mais fortemente, detalhes são os melhores adubos, questão de treino.
deveriamos lutar um pouco mais com o coração, para que a decisão da entrega tenha menos cara de decepção e mais cara de oportunidade, e por fim, que ela não seja tão difícil e dolorosa, mas sim natural e bela.
sexta-feira, 3 de junho de 2011
meio-termo
meio-gripado?
meio-molhado?
meio-grávida?
meio-irritado...
de fato meio-termo não existe,
meus dias acham-se apressados,
a impressão é de mal sono,
e é apenas quarta-feira.
quando pisco passou a semana!
estranho complexo da fadiga,
se minhas tarefas aumentam,
meu ano passou ao piscar...
mas e o tempo livre?
rock, blues e uma bebida?
e que tal uma companhia?
todos juntos seria utopía!
fato é que algo falta,
falta é o tal meio-termo!
veja que complexo da fadiga,
meu tempo livre é vazio!
como pode tal idiotice?
explico pois sei bem dizer...
minha rotina virou minha vida.
no tempo livre nada se move.
logicamente ao não se mover,
minha vida também se para,
o motivo é obvio e simples,
chega a ser óbvio demais.
vivemos onde vivemos mais,
a vida virou tarefas,
e a tarefa virou a vida,
óbvio demais...
espero ser possível o rock,
talvez a bebida e o blues,
quem sabe a companhia...
quero mesmo um meio-termo.
meio-molhado?
meio-grávida?
meio-irritado...
de fato meio-termo não existe,
meus dias acham-se apressados,
a impressão é de mal sono,
e é apenas quarta-feira.
quando pisco passou a semana!
estranho complexo da fadiga,
se minhas tarefas aumentam,
meu ano passou ao piscar...
mas e o tempo livre?
rock, blues e uma bebida?
e que tal uma companhia?
todos juntos seria utopía!
fato é que algo falta,
falta é o tal meio-termo!
veja que complexo da fadiga,
meu tempo livre é vazio!
como pode tal idiotice?
explico pois sei bem dizer...
minha rotina virou minha vida.
no tempo livre nada se move.
logicamente ao não se mover,
minha vida também se para,
o motivo é obvio e simples,
chega a ser óbvio demais.
vivemos onde vivemos mais,
a vida virou tarefas,
e a tarefa virou a vida,
óbvio demais...
espero ser possível o rock,
talvez a bebida e o blues,
quem sabe a companhia...
quero mesmo um meio-termo.
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