segunda-feira, 4 de março de 2013

perda


e assim você se foi,
deixando-me em prantos,
livre de você,
rasgando-se de mim.

não sei se lhe odeio,
não sei se choro,
sei só que não sei,
só sei da dor.

uma alma a menos,
uma ausência a mais,
por quê me deixou?
por que tanta dor?

do cinza de tudo,
meu mundo morre,
a sensação é eterna,
na hora da vida.

como pode sem você?
descobri lhe amar,
e agora você não,
se afasta em mim.

continua ao meu lado,
vazio da presença,
um abraço de mármore,
resta uma lápide.

uma pedra gélida,
congela meu coração,
será que me amou?
pouco importa!

desejo em vão,
que se vá a noite,
nem a lua brilha,
estou em escuridão.

de você há pouco,
desse pouco só dor,
o pouco é muito,
restará a lição.

mas não,
ainda não,
agora sem vida,
resta um só coração.