quarta-feira, 16 de abril de 2014

adeus

você não sabe,
talvez apenas faça ideia,
eu quem ficou para trás,
é o meu o ninho vazio...

da dor do abandono,
velas em sinal de luto,
bandeira a meio mastro,
a cama meio vazia é a minha...

lá no cais da vida,
avistei você encolhendo,
sem acenar e nem chorar,
sequer fui notado...

presenteado com dor,
eis o meu legado,
rasga-me o peito,
cruel indiferença...

nada acrescentei,
nada mudei,
eu apenas mudei,
nado afogado...

das lagrimas um oceano,
canto formado em lamento,
da culpa a dor,
inundo meus pulmões...

na imensidão da tristeza,
na culpa a renuncia,
afogo-me lentamente,
não desejo mais lutar...

da alma que se esvai,
morri em algum porcento,
saio da vida,
para entrar na tristeza...