terça-feira, 22 de maio de 2012

escárnio


dor corre-me crua,
rasga meu ventre nu,
agonizo ao excrucio,
entrego-me a morte.

olhem-me covardes,
escondam-se entre si,
multidão sem cara,
com uma cara só...

minha face dada ao tapa,
apanha da maioria insana,
julgamento profano,
maioria sem bom senso.

olha minha morte,
ávida por um culpado,
sustentarão sua demência,
e se dirão convictos.

apenas maioria,
sem peso nem idéias,
pensa igual a nós?
mais pesado nosso voto.

podridão maldita,
domínio ao fraco,
darwinismo covarde,
mentes pútridas...

vis dominadores,
cruéis intenções,
apodrecerão em hades,
sorrirei dos prantos.

sou um dominado,
sou uma minoria,
sou a liberdade,
sou escravizado.

os covardes fétidos,
infames vendados,
com a venda da ignorância,
mutilam o próprio colo.

morrerão em sua grandeza,
pois tem número e só,
afogarão-se todos,
no mar da ignorância.

e eu minoria,
rirei de pronto,
depois calarei,
apenas terei piedade.

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