segunda-feira, 31 de outubro de 2011

tristonho

encosta-me calma,
doce fatalidade,
crua e nua de todo,
entalhe suave...

ó dor de fino trato,
achou-me bem triste,
doce tristonho,
tristonho chorei.

embala as lágrimas,
d'uma alma triste,
cujos ombros desistem,
desse mundo pesado...

carrego triste,
doce fatalidade,
doce tristonho,
amarga realidade.

divido o fardo,
espelho rachado,
escuto d'um requiem,
suave tragédia.

deixo esse mundo,
à sua própria morte,
de minha mente choro,
nada me resguarda...

agonizo em vida,
ouço uma marcha,
cruel solidão,
requiem da despedida.

acorde clássico,
de tudo tristonho,
hoje sou apenas tristeza,
apenas tristonho...

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