vem da calmaria serena,
a fonte de todas as tormentas,
estampa-se a mesma natureza,
no olhar dos inocêntes.
cursamos na faculdade da vida,
revisamos nossas verdades,
usamos algumas e chutamos outras,
os ventos estão a mudar...
nos sentimos iguais,
mas tão diferentes,
por vezes resta apenas a casca,
no olhar para trás só distância...
como pode o menino virar homem?
um acorde evoluir à música?
é certo que mudam-se os ventos,
mas será em direção qualquer?
dizem que nosso eu é matemático,
nós somado a nosso meio,
só outra forma de falar,
que os ventos mudam-se...
a dúvida é simples demais,
crescemos a mercê dos ventos,
ventos da vida esses que falo,
mas aleatórios ou predestinados?
aleatoriedade implicaria muito,
qual a razão se ninguem é por nós?
destino é palavra de telenovela,
algo estanque não importa o que...
pensei e pensei até me surgir,
resposta singela andou até mim,
sem certo ou errado nem nada assim,
só um feicho feito laço em cetim.
se meninos tornam-se homens,
e acordes tornam-se música.
talvez o vento sopre sem rumo,
mas em um mar de destinos certos.
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