sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

carma

me acostumei a não me acostumar
leio fotos, vejo livros, reparo
junto peças, coração trincado, inverto
sento, paro e me acalmo

que reflexão é essa ? maluca ?
não... apenas madrugada
original que só ela, apenas ela...
mas não quero mesmo é pensar nela

nao posso pensar nela, engraçado...
deve ser por que ela não existe
a moça ? a princesa ? a felicidade ?
por certo que não, mas claro que sim

quem eu falo é contigo que parece deus
deus pagão... que nunca me deu ouvidos
jogo o carvão na tua porta, risco
faço minha rubrica e pergunto...

cadê você paz, que não me deixas ?
esta aqui, mas onde exatamente ?
cansei de te perder em mim, paz...
queria te ter sempre comigo

sem nunca te perder, ah como seria...
beijaria-te o seio, olharia em teus olhos
e perguntaria em tom melancólico
por que, paz, me acostumo a não te ter...

Nenhum comentário:

Postar um comentário