pois então que lá eu estava,
como sempre, caminhando pesado
nas difíceis matas das idéias,
como quem 'não quer' 'nada'.
esbarrei numa tal felicidade,
o jeito de encontrar não veio fácil,
nirvana talvez possa haver,
um grande acerto degustado no eterno.
não, nada disso pode ser, impossível,
pode haver, mas não é possível...
em nosso mundo vasto mundo,
mais vasta é nossa solidão!
muitos compromissos, agendas lotadas,
muitos ganhos e perdas diários,
não, não daria tempo de algo assim,
tão grande quanto constante...
deve certamente ser as pequenas coisas,
pense cá comigo: no dia bom,
elas fazem rir mais, no ruim, claro,
fazem irritar, parecem agravantes?
talvez esse seja o grande erro!
pois não o são, as pequenas coisas,
elas definem, e a galinha já sabia,
antes da época do seu ditado.
refine seus olhos e seus ouvidos,
aprenda a buscar, reconhecer, ver,
e principalmente degustar,
elas, as lindas pequenas coisas!