hoje acordei desbotado,
tom de roupa beijada pelo tempo,
houvera uma tristeza em mim,
mais antiga que o mesmo beijo...
sentia uma pitada de paz,
quisera o dia estivesse nublado,
quando de fato o sol brandia luz,
eu desbotaria um tanto a mais...
seria da vida a tristeza?
seria da morte o desassossego?
seria da mente a paranoia?
seria do coração a serpete?
do acesso de mim não podia,
autoconhecimento incompleto,
com o sentido na penumbra,
era uma alma em desfeto...
agradeci em descompaso,
aos céus desse mundo,
ao receber vil penumbra,
ganhara chuva de garoa...
em meu rosto molhado e sereno,
enfim a tristeza a se mostrar,
me afagava de tamanho relento,
podia ser livre aos olhos terrenos...
do peito a dor se expulsava,
nas lagrimas que chorava,
a chuva me escondia do mundo,
na imensidão da tristeza profunda...
delusional thoughts of an old soul
sábado, 10 de maio de 2014
quarta-feira, 16 de abril de 2014
adeus
você não sabe,
talvez apenas faça ideia,
eu quem ficou para trás,
é o meu o ninho vazio...
da dor do abandono,
velas em sinal de luto,
bandeira a meio mastro,
a cama meio vazia é a minha...
lá no cais da vida,
avistei você encolhendo,
sem acenar e nem chorar,
sequer fui notado...
presenteado com dor,
eis o meu legado,
rasga-me o peito,
cruel indiferença...
nada acrescentei,
nada mudei,
eu apenas mudei,
nado afogado...
das lagrimas um oceano,
canto formado em lamento,
da culpa a dor,
inundo meus pulmões...
na imensidão da tristeza,
na culpa a renuncia,
afogo-me lentamente,
não desejo mais lutar...
da alma que se esvai,
morri em algum porcento,
saio da vida,
para entrar na tristeza...
talvez apenas faça ideia,
eu quem ficou para trás,
é o meu o ninho vazio...
da dor do abandono,
velas em sinal de luto,
bandeira a meio mastro,
a cama meio vazia é a minha...
lá no cais da vida,
avistei você encolhendo,
sem acenar e nem chorar,
sequer fui notado...
presenteado com dor,
eis o meu legado,
rasga-me o peito,
cruel indiferença...
nada acrescentei,
nada mudei,
eu apenas mudei,
nado afogado...
das lagrimas um oceano,
canto formado em lamento,
da culpa a dor,
inundo meus pulmões...
na imensidão da tristeza,
na culpa a renuncia,
afogo-me lentamente,
não desejo mais lutar...
da alma que se esvai,
morri em algum porcento,
saio da vida,
para entrar na tristeza...
sábado, 1 de março de 2014
procuraremos
procuraremos sem conseguir,
ajudar os saudáveis,
os ricos e poderosos,
que vivem na miséria...
procuraremos sem conseguir,
ajudar os amáveis,
os benfeitores fiéis,
que vivem amargos e rejeitados...
procuraremos sem conseguir,
ajudar os brancos e negros,
amarelos e pardos,
pelo temor próprio de sua cor...
procuraremos sem conseguir,
ajudar as familias felizes,
que sorriem no shopping,
cada uma em seu celular...
procuraremos sem conseguir,
ajudar aqueles que se amam,
que juram amor eterno,
até um novo encontro de olhares...
procuraremos sem conseguir,
viver livre ou em paz,
nesse mundo ilógico e ilusório,
verdade certamente é mentira...
razão é uma mera ilusão,
oportunidade é canibalidade,
o foco em banalidade,
vulgaridade da superficialidade...
da vida apenas morte,
homem ao mar a própria sorte,
mortos-vivos em devoração,
o homem já não é mais irmão...
ajudar os saudáveis,
os ricos e poderosos,
que vivem na miséria...
procuraremos sem conseguir,
ajudar os amáveis,
os benfeitores fiéis,
que vivem amargos e rejeitados...
procuraremos sem conseguir,
ajudar os brancos e negros,
amarelos e pardos,
pelo temor próprio de sua cor...
procuraremos sem conseguir,
ajudar as familias felizes,
que sorriem no shopping,
cada uma em seu celular...
procuraremos sem conseguir,
ajudar aqueles que se amam,
que juram amor eterno,
até um novo encontro de olhares...
procuraremos sem conseguir,
viver livre ou em paz,
nesse mundo ilógico e ilusório,
verdade certamente é mentira...
razão é uma mera ilusão,
oportunidade é canibalidade,
o foco em banalidade,
vulgaridade da superficialidade...
da vida apenas morte,
homem ao mar a própria sorte,
mortos-vivos em devoração,
o homem já não é mais irmão...
quinta-feira, 16 de janeiro de 2014
desabstraindo
um belo dia me peguei triste, imerso em surpresa como uma criança vendo a chuva, percebi que assistira minha própria emoção pela primeira vez na vida, ficara bastante curioso pois a prática de olhar para sí é pouco usada na cultura ocidental, mágicas geográficas...indaguei então se seria possível observar não só este sentimento mas os outros demais, em última análise o que me deixaria feliz, excitado, enraivecido ou sorridente definiria quem eu sou, logo me encontraria, como uma pequena raiz no solo leva a um imenso tronco de árvore, ou pequeno e verde, claro, dependendo da alma em questão... se caso minha maluquice tivesse algum fundo de verdade eu poderia mirar ainda mais alto, se ME encontrasse de fato, poderia alcançar o nirvana dos sentimentos, a tão buscada paz, paz interior, mestria, sétimo sentido, terceiro olho, como quiserem, eu gosto de chamar apenas de paz... tão sonhada e tão buscada por mim devido meros pequenos encontros ao longo de uma existência, sempre quis encontrar, por fim percebendo que ao olhar para ela, não mais la ela estava, e só ao parar de procurar é que se encontrava, como todas as coisas boas na vida, essa também tinha seu funcionamento nada simples de se conquistar ou entender. até então eu falhara em qualquer instância...
buscando então a logica da observação pessoal, caso possa se organizar como algo lógico, cai-me e afoguei-me na reflexão que aqui contarei a você leitor de madrugada e de obras inacabadas e marginalizadas como essa, na ideia de transmitir nada além de confusão, mais dúvidas quanto a nossa vã existência, desespero e um pouco mais de confusão...
imaginando os sentimentos de mim mesmo, em meus meados da metade de uma existência média humana, percebi luzes redondas de simetria perfeita, distribuidas uniformemente em um ginásio, eram várias, de cores e luminosidades diferentes, identifiquei-as como os sentimentos, próximos de cada um eu era tomado por uma emoção diferente, da mesma forma que distinguimos as cores ao olhar para as mesmas, mesmo em tonalidades ou brilhos diferentes ou com sobrenomes, azul é azul...
em meio a essa pequena constelação distribuiam-se placas solidas de diversos tamanhos e larguras fincadas no chão circulando não uniformemente cada luz formando algo semelhante aos aneis de júpiter, semelhante também a uma fonte de luz na selva noturna onde quanto maior a densidade da mata, mais próximos temos que estar da luz para se ver qualquer luminosidade... essas placas, identifiquei eu, em meio a essa loucura, representavam os traumas, as cicatrizes, decepções e impedimentos que atrapalhavam as luzes de brilhar serenas, tornando-as brilhos indiretos, distorcidos e menos vivos, mesmo que em sua essencia eles estejam íntegros, com seu brilho perfeito em nosso interior...
posicionei-me então em um nível no ginásio acima do nível dos olhos, muito mais acima, fui ao teto e remeti meu olhar para o solo, alguns poucos metros abaixo... percebi então o panorama descrito de luzes brilhantes salpicadas de placas, onde os feixes de luzes coloridas se projetavam progressivamente menos até desaparecerem em penumbra, o padrão se repetia...
entendi então que se eu retrocedesse no tempo, placas sumiriam e caso avançasse, placas surgiriam, a mata alteraria sua densidade e as luzes seriam vistas em uma maior distancia... surpreendi-me então com a maior revelação de meu devaneio "líricopsiquicopsicologicologicofilosoficoviajante"... em alguns lugares de "sorte" alguns feixes das luzes todas conseguiam se encontrar em tamanha quantidade e variedade que formavam a cor branca, ao aproximar-me desta, percebia que ela estava presente na soma de todas, e não era nenhuma, o equilíbrio correto das cores ou sentimentos, formava o branco, ou a paz, senti nada, e tudo, senti o parar dos tempos e a calma do universo, percebi a paz, ela novamente, exatamente em meio ao furação da minha loucura, lá estava ela, absoluta...
ainda insatisfeito, retornei ao teto e reduzi o tempo e a densidade da minha selva que impedia a luz e percebi que não mais se formavam alguns pequenos focos de luz branca isolados, mas sim uma grande intersecção, dominante, central e belíssima de branco, onde todas as luzes, sem impedimento se encontravam em intensidade suficiente para o espetáculo da paz...
conclui rapidamente, meu leitor já enlouquecido, perdido, revoltado e odioso, que ao pouco vivermos nossa existência é grandemente facilitada pela paz absoluta, mas infelizmente imatura ao ponto de não entendermos o que ela significa, em nossa infância, temos muita paz, mas pouca sabedoria, o que infelizmente não é funcional do ponto de vista 'viver' ou 'buscar'... e ao envelhecermos, nossas placas de tristezas, vivências, culturas, medos e arrependimentos tornam as luzes dos sentimentos indiretas, logo, sentimos indiretamente, e isso de fato se traduz em 'quase achar graça', 'quase ficar triste', em tradução, esfriamos, nos tornamos indiferentes... causamos penumbra onde a luz não alcança, contrario de paz, ausência de paz, tormento, não-paz... nossos medos reduzem a existência da paz por completo se nossas escolhas assim permitirem...
prefiro eu acreditar, leitor, que ao refletir, pensar, criticar, perdoar, admitir, errar, tentar, se desculpar, se redimir, estamos usando uma energia mental tão sublime que evitamos essas placas em nosso ginásios malucos de constelações luminosas ou quebramos os existentes, e assim permitimos a luz direta, permitimos que a soma dos sentimentos se encontrem em equilíbrio, e assim focos de paz brotem em nosso interior, ignorando quem você é, pois isso não sera mais importante, pois esse quem estará em paz...e quem sabe ao longo de muitas vidas e de muitos mundos diferentes, algumas almas não encontrem uma unica luz branca, semelhante a um ginásio infantil, onde todos os sentimentos são plenos e a paz central silencia esse grande 'sortudo' e ai brote um mestre dentro da existência...
avisei a você, que buscava na madrugada repostas, que aqui surgiriam apenas mais dúvidas, caso isso faça algum sentido, o que eu acho difícil, certifique-se que você é são mesmo, caso não seja, tudo bem, eu, napoleão estou promovendo você a tenente, caso a sanidade esteja começando a se despedir de você e infelizmente você deseja a pilula azul das respostas, então fique tranquilo, eu, leitor, também estou desesperado como você.
buscando então a logica da observação pessoal, caso possa se organizar como algo lógico, cai-me e afoguei-me na reflexão que aqui contarei a você leitor de madrugada e de obras inacabadas e marginalizadas como essa, na ideia de transmitir nada além de confusão, mais dúvidas quanto a nossa vã existência, desespero e um pouco mais de confusão...
imaginando os sentimentos de mim mesmo, em meus meados da metade de uma existência média humana, percebi luzes redondas de simetria perfeita, distribuidas uniformemente em um ginásio, eram várias, de cores e luminosidades diferentes, identifiquei-as como os sentimentos, próximos de cada um eu era tomado por uma emoção diferente, da mesma forma que distinguimos as cores ao olhar para as mesmas, mesmo em tonalidades ou brilhos diferentes ou com sobrenomes, azul é azul...
em meio a essa pequena constelação distribuiam-se placas solidas de diversos tamanhos e larguras fincadas no chão circulando não uniformemente cada luz formando algo semelhante aos aneis de júpiter, semelhante também a uma fonte de luz na selva noturna onde quanto maior a densidade da mata, mais próximos temos que estar da luz para se ver qualquer luminosidade... essas placas, identifiquei eu, em meio a essa loucura, representavam os traumas, as cicatrizes, decepções e impedimentos que atrapalhavam as luzes de brilhar serenas, tornando-as brilhos indiretos, distorcidos e menos vivos, mesmo que em sua essencia eles estejam íntegros, com seu brilho perfeito em nosso interior...
posicionei-me então em um nível no ginásio acima do nível dos olhos, muito mais acima, fui ao teto e remeti meu olhar para o solo, alguns poucos metros abaixo... percebi então o panorama descrito de luzes brilhantes salpicadas de placas, onde os feixes de luzes coloridas se projetavam progressivamente menos até desaparecerem em penumbra, o padrão se repetia...
entendi então que se eu retrocedesse no tempo, placas sumiriam e caso avançasse, placas surgiriam, a mata alteraria sua densidade e as luzes seriam vistas em uma maior distancia... surpreendi-me então com a maior revelação de meu devaneio "líricopsiquicopsicologicologicofilosoficoviajante"... em alguns lugares de "sorte" alguns feixes das luzes todas conseguiam se encontrar em tamanha quantidade e variedade que formavam a cor branca, ao aproximar-me desta, percebia que ela estava presente na soma de todas, e não era nenhuma, o equilíbrio correto das cores ou sentimentos, formava o branco, ou a paz, senti nada, e tudo, senti o parar dos tempos e a calma do universo, percebi a paz, ela novamente, exatamente em meio ao furação da minha loucura, lá estava ela, absoluta...
ainda insatisfeito, retornei ao teto e reduzi o tempo e a densidade da minha selva que impedia a luz e percebi que não mais se formavam alguns pequenos focos de luz branca isolados, mas sim uma grande intersecção, dominante, central e belíssima de branco, onde todas as luzes, sem impedimento se encontravam em intensidade suficiente para o espetáculo da paz...
conclui rapidamente, meu leitor já enlouquecido, perdido, revoltado e odioso, que ao pouco vivermos nossa existência é grandemente facilitada pela paz absoluta, mas infelizmente imatura ao ponto de não entendermos o que ela significa, em nossa infância, temos muita paz, mas pouca sabedoria, o que infelizmente não é funcional do ponto de vista 'viver' ou 'buscar'... e ao envelhecermos, nossas placas de tristezas, vivências, culturas, medos e arrependimentos tornam as luzes dos sentimentos indiretas, logo, sentimos indiretamente, e isso de fato se traduz em 'quase achar graça', 'quase ficar triste', em tradução, esfriamos, nos tornamos indiferentes... causamos penumbra onde a luz não alcança, contrario de paz, ausência de paz, tormento, não-paz... nossos medos reduzem a existência da paz por completo se nossas escolhas assim permitirem...
prefiro eu acreditar, leitor, que ao refletir, pensar, criticar, perdoar, admitir, errar, tentar, se desculpar, se redimir, estamos usando uma energia mental tão sublime que evitamos essas placas em nosso ginásios malucos de constelações luminosas ou quebramos os existentes, e assim permitimos a luz direta, permitimos que a soma dos sentimentos se encontrem em equilíbrio, e assim focos de paz brotem em nosso interior, ignorando quem você é, pois isso não sera mais importante, pois esse quem estará em paz...e quem sabe ao longo de muitas vidas e de muitos mundos diferentes, algumas almas não encontrem uma unica luz branca, semelhante a um ginásio infantil, onde todos os sentimentos são plenos e a paz central silencia esse grande 'sortudo' e ai brote um mestre dentro da existência...
avisei a você, que buscava na madrugada repostas, que aqui surgiriam apenas mais dúvidas, caso isso faça algum sentido, o que eu acho difícil, certifique-se que você é são mesmo, caso não seja, tudo bem, eu, napoleão estou promovendo você a tenente, caso a sanidade esteja começando a se despedir de você e infelizmente você deseja a pilula azul das respostas, então fique tranquilo, eu, leitor, também estou desesperado como você.
domingo, 17 de novembro de 2013
faltante
estava ocupado e apressado,
no meu quebra-cabeça,
peça-a-peça,
dia-a-dia!
montava as pressas,
já deveria ter acabado,
mas algo não fazia sentido,
na imagem que surgia...
no meu quebra-cabeça,
uma peça não cabia,
mas estava no desenho,
era uma peça apenas.
tinha contexto,
tinha meio,
tinha inicio,
tinha fim...
como podia não caber?
imagem certa e recorte errado?
motim nas regras básicas?
como pudera?
mas que pequeno incômodo!
a imagem jamais se montaria,
devido ao pequeno erro,
ou um correto desalocado?
senti certa familiaridade,
não conseguia explicar,
com contexto e fim,
a peça eu me senti!
seria eu um incômodo maior?
era inevitável a pergunta,
e inquietante a resposta,
a reflexão já crescera demais...
ligarei para um número,
trocarei a peça,
mas confesso um tal medo,
de eu também ser trocado...
no meu quebra-cabeça,
peça-a-peça,
dia-a-dia!
montava as pressas,
já deveria ter acabado,
mas algo não fazia sentido,
na imagem que surgia...
no meu quebra-cabeça,
uma peça não cabia,
mas estava no desenho,
era uma peça apenas.
tinha contexto,
tinha meio,
tinha inicio,
tinha fim...
como podia não caber?
imagem certa e recorte errado?
motim nas regras básicas?
como pudera?
mas que pequeno incômodo!
a imagem jamais se montaria,
devido ao pequeno erro,
ou um correto desalocado?
senti certa familiaridade,
não conseguia explicar,
com contexto e fim,
a peça eu me senti!
seria eu um incômodo maior?
era inevitável a pergunta,
e inquietante a resposta,
a reflexão já crescera demais...
ligarei para um número,
trocarei a peça,
mas confesso um tal medo,
de eu também ser trocado...
domingo, 27 de outubro de 2013
o óbvio
as vezes estamos só,
mesmo entre milhões,
as vezes estamos tristes,
mesmo envoltos em felicidade.
talvez nossos sonhos façam isso,
parece-me que eles são nossos,
e apenas nossos,
aprisionando todos os demais.
parece-me que sonhos são de uns,
mas como o verso de uma moeda,
a parte inversa é pesadelo,
ou algo vagamente na fórmula.
talvez no rosto triste da chuva,
um dia sereno e aconchegante,
apenas o lado da moeda,
um formato de lição diferente.
talvez felicidade,
talvez tristeza,
sejam ambos o mesmo,
em diferentes tempos.
ainda uma parábola matemática,
tudo que sobe deve descer,
o alegre deve entristecer,
e vice-versa.
de que se faz essa tal felicidade?
sentimento útil a sobrevivencia?
não mais útil e agora complicador?
devo parar de perguntar?
nisso perdi minha paz novamente,
de tanto que já perdi antes,
quem me leu sabe,
que ainda não me acostumei...
só sei que agora choro,
de tanto que me doi o peito,
mas nada derramo,
nesse dia de felicidade.
segunda-feira, 4 de março de 2013
perda
e assim você se foi,
deixando-me em prantos,
livre de você,
rasgando-se de mim.
não sei se lhe odeio,
não sei se choro,
sei só que não sei,
só sei da dor.
uma alma a menos,
uma ausência a mais,
por quê me deixou?
por que tanta dor?
do cinza de tudo,
meu mundo morre,
a sensação é eterna,
na hora da vida.
como pode sem você?
descobri lhe amar,
e agora você não,
se afasta em mim.
continua ao meu lado,
vazio da presença,
um abraço de mármore,
resta uma lápide.
uma pedra gélida,
congela meu coração,
será que me amou?
pouco importa!
desejo em vão,
que se vá a noite,
nem a lua brilha,
estou em escuridão.
de você há pouco,
desse pouco só dor,
o pouco é muito,
restará a lição.
mas não,
ainda não,
agora sem vida,
resta um só coração.
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